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DESENVOLVIMENTO
Felipe Rodrigues
tratamento

Tratamento da crise fraca

Nas crises fracas é recomendado tentar repouso em quarto escuro, evitar barulho e, se possível, conciliar o sono. Medidas como o uso de bolsas de gelo e/ou compressão das artérias das têmporas podem ser úteis.
Nas crises fracas, que não cedem com as medidas gerais, sugere-se o uso de analgésicos comuns ( ácido acetilsalicílico, paracetamol, dipirona), antiinflamtórios não-esteroidais (AINEs) [naproxeno sódico, ibuprofeno, diclofenaco de sódio, ácido tolfenâmico e clonixinato de lisina]. Além disso, recomenda-se o uso de metoclopramida ou domperidona quando sintomas de náusea ou vômito estão associados. Essas drogas podem ser usadas 30 minutos antes dos medicamentos propostos para a dor mesmo quando o paciente não apresenta náusea, para obter-se efeito gastrocinético ou mesmo impedir a progressão da crise. A presença da intensa sedação ou história prévia de distonia, ou outras manifestações extrapiramidais, deve contra-indicar o uso de metoclopramida. Associações de fármacos, tão freqüentemente encontradas no comércio, são desaconselhadas em virtude da somatória de possíveis efeitos colaterais e das doses inadequadas habitualmente encontradas nessas formulações (Tabela 1).

Tabela1. Tratamento da crise fraca

Droga Dose/Posologia Classe
Ácido acetilsalicílico 1000mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 3g ou
Classe I
Paracetamol 1000mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo 3g ou
Classe I
Naproxeno Sódico 750-1250mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 1650mg ou
Classe I
Ibuprofeno 800-1200mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 1600mg ou
Classe I
Diclofenaco de sódio 50-100mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 200mg ou
Classe I
Ácido tolfenâmico 200-400mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 600mg ou
Classe I
Clinixinato de lisina 250mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 500mg ou
Classe III
Dipirona 500mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 2g ou
Classe I
Todos podem ser associados ou precedidos Metoclopramida 20mg VO
ou Domperidona 20mg VO
Classe I
Outras opções Isometepteno 65mg+
Cafeína 100mg+
e Dipirona 300mg VO
Classe III

 

Legenda: VO, via oral; s/n, se necessário; h, horas; g, gramas; mg, miligramas

Tratamento da crise moderada

Nas crises moderadas, afora a possibilidade do emprego de analgésicos e AINEs, são recomendados derivados ergóticos ( tartarato de ergotamina ou mesilato de dihidroergotamina) ou triptanos. A escolha do triptano e sua via de administração deve levar em consideração peculiaridades da crise, tais como, total do tempo necessário para chegar ao auge da intensidade da dor e presença de náusea e/ou vômito. Exceto com o uso de triptanos, o emprego de gastrocinéticos e antieméticos é sempre recomendado.
O emprego de ergóticos deve ser o mais precoce possível, pois não tem efeito quando tardiamente usados. Os triptanos, por seu lado, podem ser utilizados em qualquer momento da crise.
Na recorrência freqüente da cefaléia, após o uso de triptano, é recomendada a associação com AINEs (ácido tolfenâmico ou naproxeno sódico) (Tabela 2).

Tabela 2. Tratamento da crise moderada

Droga Dose/Posologia Classe
Ácido acetisalicílico* 1000mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 3g ou
Classe I
Ácido tolfenâmico* 200-400mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 600mg ou
Classe I
Clonixinato de lisina* 250mg VO
repetir 2-4h após
s/n máximo/dia 500mg ou
Classe I
Tartarato de ergotamina* 1-2mg VO
repetir 1-2h s/n
máximo/dia 4mg ou
Classe I
DHE* 0,5mg em cada narina
repetir 15min após s/n
máximo/dia 2mg ou
Classe I
Sumatriptano 50-100mg VO. 20mg IN
repetir em caso e
recorrência máxima/dia 200mg ou
Classe I
Naratriptano 2,5mg VO repetir
s/n máximo/dia 5mg ou
Classe I
Zolmitriptano 2,5-5mg VO repetir s/n
máximo/dia 7,5mg ou
Classe I
Rizatriptano 5-10mg VO. 10mg disco
dispersível sobre a língua,
s/n, máximo/dia 20mg ou
Classe I
Triptanos Em caso de recorrência freqüente
de cefaléia associar ácido tolfenâmico
200mg ou naproxeno sódico 550mg VO
Classe II


* Associar metoclopramida parenteral na vigência de vômito; Legenda: IN, via intranasal; DHE, mesilato de dihidroergotamina; VO, via oral; s/n, se necessário; h, horas; g, gramas; mg, miligramas

Tratamento da crise forte

Nas crises fortes recomenda-se o uso de triptanos, indometacina ou clorpromazina. O uso de dexametasona ou de haloperidol pode também ser recomendado. Na vigência de recorrência de cefaléia, após o uso de triptanos, deve-se associar AINEs. (Tabela 3).

Tabela 3. Tratamento da crise forte

Droga Dose/Posologia Classe
Dipirona* 1000mg IV diluída
em SF 0,9% máximo/dia 2g ou
Classe III
Clorixinato de lisina* 200mg IV diluída em
20ml SF 0,9% máximo/dia 500mg
Classe III
Sumatriptano 6mg SC ou 20mg IN
Ou 50-100mg VO ou
Classe I
Rizatriptano 5-10mg VO, 10mg disco
dispersível sobre a língua ou
Classe I
Zolmitriptano 2,5mg VO ou Classe I
Indometacina* 100mg IR repetir 1h
s/n máximo/dia 200mg ou
Classe II
Clorpromazina 0,1-0,7mg/kg IM ou
IV diluído em SF 0,9%,
repetir até 3 vezes nas 24h
Classe I
Dexametasona* 4mg IV, repetir 12-24h s/n ou Classe II
Haloperidol 5mg IM ou IV diluído em SF 0,9% Classe I
Triptanos Em caso de recorrência freqüente
de cefaléia associar ácido
tolfenâmico 200mg VO ou
naproxeno sódico 550mg VO
Classe II

*Associar metoclopramida parenteral na vigência de vômito
Legenda: SC, via subcutânea; IM, via intramuscular; IR,intra-retal; IV, intravenosa; SF, soro fisiológico.

Observações Finais

O uso de analgésicos deve ser limitado a 3g de ácido acetilsalicílico ou analgésico equivalente/dia, máximo de 3 vezes na semana (50g de ácido acetilsalicílico ou equivalente por mês) e a 2 a 4mg/dia, máximo duas vezes na semana (8-10mg/semana) de ergóticos, no intuito de prevenir o aparecimento da cefaléia crônica diária ou de manifestações sistêmicas dessas drogas ( ergotismo, fibrose retroperitoneal, hemorragia gastrintestinal).
A escolha do triptano deve levar em conta a presença de doenças associadas ( hipertensão arterial sitêmica, doença coronariana ou vasculopatias). O seu uso é contra-indicado nas 24h subseqëntes ao uso ergótico. ( Tabela 4).

Tabela 4. Eficácia e efeitos colaterais

Droga Eficácia Efeitos colaterais
Ácido acetisalicílico* + +
Paracetamol + +
Isometepteno ++ +
AINEs ++ +
Ergotamina ++/+++ ++/+++
DHE +++/++++ +/++
Sumatriptano +++/++++ +
Naratriptano ++ +
Zolmitriptano +++ +
Rizatriptano +++ +
Clorpromazina +++ ++
Dexametasona ++ +
Haloperidol ++ ++


Legenda: + grau de intensidade dos efeitos

Alerta.:As informações contidas neste site não substituem o aconselhamento médico. Sempre procure seu médico antes de iniciar qualquer tratamento ou quando tiver qualquer dúvida acerca de uma condição clínica. Nenhuma das informações disponibilizadas por este serviço tem a finalidade da realização de diagnósticos ou orientação de tratamentos.

Fonte Livro: “Cefaléias Primárias: Aspectos Clínicos e Terapêuticos”.Fernando Ortiz;Edgard Raffaelli Jr e col.. ( 2ª Edição). São Paulo: Editora Zeppelini, 2002.

 

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Última atualização: 29 de fevereirode 2012 brasil Last modified: February 29, 2012
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